segunda-feira, julho 26, 2010
Gotas de Néctar
E passei a ser coadjuvante do espetáculo?
Quando foi que me despi afinal,
Me tornando refém de meu próprio vernáculo?
Meus neurônios, são demônios que estão a me torturar
Traço o passo, faço a trança, mato a traça
E nessa dança que me faço e refaço, esperança...
Meu retrato destrata o que quero me tornar
Adeus, loucura de meus desejos!
Até nunca! Insanidade, desvario...
Liberto-me hoje dessa alucinação,
Não quero mais ser escrava da solidão.
sexta-feira, julho 23, 2010
Rendido
Toma-me em tuas mãos
Incontínuo absinto
Que me toca me domina
Ardor e prazer que sinto
Leva-me na noite
Faz-me despertar
Tira-me do eixo
Espaço tempo e lugar
Sombras companheiras
Teu quarto meu abrigo
Frases altas de perfídia
Que ao teu ouvido grito
Vinho em taças sinuosas
Charme e desejo escondido
E o teatro desmorona
Nada é mais reprimido
Domina-me em fartos gestos
E faz-me réu sem defesa
Entrego-me em mil delírios
Entre a dúvida e a certeza
quarta-feira, julho 21, 2010
Para Ti
Como pode haver tanta beleza
Nesse largo sorriso que não vi
E nas tuas palavras a certeza
Do amor que ainda não vivi
E os sonhos previstos pro futuro
Sobre as frases de tamanha beleza
Numa voz que eu nunca pude ouvir
Como os sons surreais da natureza
Toco a face domino o coração
E navego entre as suas promessas
E me sinto tão vivo novamente
Como ágüem que pra vida recomeça
É tão jovem tão sábio o teu pensar
Que me faz querer mais esta impressão
E num instante quando me dou por mim
Percebi que já é teu meu coração
Cobrarei o teu abraço incontido
Sobre a luz do luar e a natureza
Beijarei os teus lábios divididos
Como duas maçãs em minha mesa
E para completar, uma gotinha de néctar
A[u]TORMENTADA
Só por Encanto, Só por enquanto...
Lunática
Não estou sentindo
Tudo sem nexo,
E você tão lindo!!
Tô Congelando...
Baby, vem esquentar
Pois só provando
Posso gostar.
Tolo desejo,
Nunca acontecerá,
E nesse ensejo,
Ela nunca saberá...
A lua cúmplice...
A Deusa lunática,
Confusa e dúplice
Luxurienta, fanática
A outra imagem
A minha loucura...
A outra, passagem
Nossa desventura.
quinta-feira, julho 15, 2010
Rapidinha Romântica
-Oi meu bem.
-Como estás?
-Cola a tua na minha?
-Vai só uma rapidinha...
-Eu te amo.
-Quero agora.
-Mas não dou meu endereço.
-Amanhã nem te conheço.
-Nossa amor, como isso é bom!
-Quero de novo. Outra vez.
-Vem! Me beija, me sacia...
-Vamos deixar pra outro dia.
-Mas eu quero algo sério.
-Eu também. Quero você.
-E ai como vai ser?
-Ah, depois agente vê...
-Quando vamos nos rever?
-Sei lá. Qualquer dia ai...
-Ai como é bom namorar...
-É mesmo. Com você quero casar.
Antônio José Xavier (Apolo)
Amor Fabricado
Aquele nosso amor
Virtualmente fabricado
Já deu o que tinha que dar
Já está desenganado
Na verdade eu bem queria
Ir contigo até o final
Mas o mundo hoje em dia
Deixa tudo mais banal
Estou começando agora
A tentar compreender
Estes códigos de conduta
Desse modo de viver
Cada amor que se compra
Na internet ou no jornal
Me faz constatar por certo
Que sou anti-social
Mas o rumo dos afetos
É mesmo não se apegar
Se hoje dizem te amo
Amanhã vais passear
Antônio José Xavier (Apolo)