Toma-me em tuas mãos
Incontínuo absinto
Que me toca me domina
Ardor e prazer que sinto
Leva-me na noite
Faz-me despertar
Tira-me do eixo
Espaço tempo e lugar
Sombras companheiras
Teu quarto meu abrigo
Frases altas de perfídia
Que ao teu ouvido grito
Vinho em taças sinuosas
Charme e desejo escondido
E o teatro desmorona
Nada é mais reprimido
Domina-me em fartos gestos
E faz-me réu sem defesa
Entrego-me em mil delírios
Entre a dúvida e a certeza
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