sexta-feira, julho 23, 2010

Rendido

Toma-me em tuas mãos

Incontínuo absinto

Que me toca me domina

Ardor e prazer que sinto


Leva-me na noite

Faz-me despertar

Tira-me do eixo

Espaço tempo e lugar


Sombras companheiras

Teu quarto meu abrigo

Frases altas de perfídia

Que ao teu ouvido grito


Vinho em taças sinuosas

Charme e desejo escondido

E o teatro desmorona

Nada é mais reprimido


Domina-me em fartos gestos

E faz-me réu sem defesa

Entrego-me em mil delírios

Entre a dúvida e a certeza

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