quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Sobre os Dias

Os dias passam ligeiros

São dias soltos maneiros

Pesados de imensidão

Meticulosos faceiros


Os dias são liberdade

São choro são desespero

Também são a plenitude

Da superação do erro


Os dias são dos amores

Dos finais dos recomeços

São também dos pensamentos

De se pagar altos preços


Dias para ouvir a música

Pra contemplar a manhã

Para gerar um bom filho

Pra manter a mente sã


Dias de impulsividade

De grito paixão verdade

Todos os dias são lindos

Dias de felicidade


domingo, fevereiro 20, 2011

O Brinquedo

Começou a brincadeira

Tá na hora de brincar

Eu sempre fui o brinquedo

Então pode abusar


Depois de tantas brincadas

Acabei me conformando

Agora não há mais choro

Mas também não há engano


Vamos lá faça uma roda

Brinque o quanto quiser

Eu aproveito o que posso

Enquanto você me quer


Nas noites de solidão

Quando não há outro alguém

Você chega sorrateiro

Brinca e diz que me quer bem


Mas como todo brinquedo

Quando já está velhinho

Você me deixa de lado

E escolhe outro mais novinho


sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Poema da Incerteza

Talvez eu realmente seja culpado

Talvez eu realmente mereça

Talvez eu realmente tenha agido mal

Talvez não tenha dado o suficiente

Talvez...

A dor da perda é uma dor ácida

Ela forma buracos em nossa alma

É como uma história inacabada

Um filme sem o final

E eu fico me perguntando

Talvez se eu tivesse agido diferente

Talvez...

Talvez...

Talvez...

E as incertezas vão ficando

E o telefone só chama ai

Tun...

Tun...

Tun...

E me vem aquele nome grego na memória

Acho que preciso evoluir

Ainda não assim

Tão forte como você

Cantiga do Corajoso

Aquele que não tem medo

Corre o risco de errar

Por outro lado se tenta

Também pode acertar


Eu não sou muito medroso

Digo e posso afirmar

Vou sempre me aventurando

Para ver no que é que dá


Das vezes que já tentei

Muito ou pouco me enganei

Mas já houveram aquelas

Em que também acertei


Posso até morrer tentando

Encontrar minha verdade

Mas pelo menos tentei

Não fui fraco nem covarde


Nunca perderei a fé

Posso até desanimar

Mas no instante seguinte

Já cuido em reanimar