segunda-feira, janeiro 31, 2011

O Rio

Aquele rio tem causos

Tem histórias poesia

É testemunha ocular

Das coisas que a terra cria


Aquelas águas que correm

Abrindo rumos caminhos

Levam consigo as lembranças

De amores dores destinos


O seu silêncio contido

Traz também a esperança

Traz fartura traz riqueza

Nos pastos por onde alcança


Nunca me esqueci do rio

Tampouco ele me esqueceu

Cada um com seu destino

Ele o seu e eu o meu


As suas águas banharam

Dos jovens as matriarcas

E continuam seguindo

Carimbando suas marcas


sábado, janeiro 29, 2011

Aquele Que Se Foi

Ele tinha os olhos verdes

Olhos verdes de oceano

Verdes como uma floresta

Verdes como a dor do engano


Ele tinha mil palavras

E versos e encantamentos

Como a Iara do rio

Cobiçando os desatentos


Ele queria voar

E de fato ele voou

Vou tanto voou longe

Que levou o seu amor


Ele gostava de números

Era quase um poliglota

Tinha uma cor tão alvinha

Que quase que se desbota


Ele veio como um vento

E como um vento partiu

Deixando as folhas secas

Como prova que sumiu


quinta-feira, janeiro 27, 2011

Poucas Palavras de Amor

Ele queria um amor

Ele queria ardor

Queria furor

Queria asas


Sim ele voou

Ele amou

Ele superou

E perdoou


Queria olhar

Ariscar

Se entregar

Acreditar


E ao acreditar

Ele veio a acertar

Para então saber

O que é amar


Agora pode confiar

E sonhar

Para não precisar

Chorar


sábado, janeiro 22, 2011

O Poema de Espiroto Prota e Apolo

Assim começa Apolo:

As tuas respostas, ao mesmo tempo que surpreendem,
alargam os horizontes, não sabes
que as palavras unidas a ação podem despertar os corações?



Amavelmente responde Espiroto Prota:

Então que os corações despertem, que acordem e vivam!



Suspira Apolo:
E o que fazer se isso é inevitável,

ou se tão pouco queremos que se evite tal fato?
Vamos deixar que despertem então,
Pelo conhecimento diário um do outro
Onde o amor se fortalece e os laços se estreitam:



Os olhos cantam, Espiroto responde:
Então, será pela força dessa agradável brisa,
Passaremos por ladrilhos de areia,
Por horizontes únicos... É despertar, não é?
Que seja agradável e inesquecível,
É puro deleite, nada de joguete, é descoberta!
Então que assim seja e pela força divina aconteça.



Sorridente Apolo:
Como posso te agradecer por tudo o que estás fazendo por mim?
Todas as esperanças reacendidas, todas as palavras e gestos de amor,
Quando não se espera nada em troca além do doce gesto de perfeito ardor.



Epiroto Conduz Apolo, seguem para seu reino:
Como me perguntas como agradecer?
Se já o fazes e o repetes.
Distancias meus medos e encantas um bobo coração.
E em noites, pelas noites e nos dias pelos dias,
Encontrarás querido menino, aquele menino que voaria por você.



P.S.: Meu poeta, esse é para nós!