sexta-feira, novembro 16, 2012
Sobre os instantes e suas lições
domingo, outubro 28, 2012
Liberdade
sábado, outubro 27, 2012
Sobre aquilo que sou e aquilo que poderia ser
quarta-feira, abril 04, 2012
Juramentos

Manso-forte-rubro-puro
Pelo brilho destes olhos
Quero enxergar o futuro
Tenho um desejo profundo
Que teimo em silenciar
Beijar teus lábios maduros
Beijo pra desamargar
Venha sem medo oh neguinha
Dê-me cá a sua mão
Pisa na grama comigo
Deixa buracos no chão
O sol já está se pondo
Cor caramelo tição
Surgem pontinhas de estrelas
Para nossa ajuntação
Se eu fosse mais sabido
Roubava um pouco da lua
Para fazer-te uma capa
Cobrir tua pele nua
quarta-feira, março 28, 2012
O Buraco

Vamos todos pro buraco
Tomei no buraco a vida inteira
Quanto maior o buraco
Maior é a bagaceira
O buraco é inevitável
Vai rico pobre e ateu
Desde o início do mundo
Buraco prevaleceu
Todos nós temos buraco
Em vida ou depois da morte
O destino de um buraco
Depende também da sorte
Buraco é democracia
Cuidas do teu e eu do meu
Mas alguma vez ou outra
Tem gente que empresta o seu
Eu sou muito agradecido
Ao buraco que é meu
Zelo por meu buraquinho
Compartilho ele com o teu
terça-feira, março 27, 2012
Alguns Versos Confusos

Como flores
Para depois renascerem
Multicores
Aos poucos vou mergulhando-me
Em dores
Para em seguida reacender
Amores
Os ciclos curvos elípticos
Redemoinhos de ar
Sopram poeira nos ventos
Pras novas terras formar
Reclusão de pensamentos
Anestesia frugal
Luta entre forças e alentos
Dança do bem e o do mal
Canção da lua partida
Imaterial
Teia confusa da vida
Irreal
quarta-feira, dezembro 21, 2011
Sinfonia Da Agonia

Brindarei aos escombros do passado
Qual rastilho de pólvora e devaneio
Sobre os ombros de um anjo alquebrado
Meu cantar eu não sei se é de tristeza
Pouco a pouco perdi a identidade
Já não vejo futuro na beleza
Sequer lembro se tive mocidade
Mãos caquéticas buscam no silêncio
Um assombro qualquer de nostalgia
E em meu leito protesto inutilmente
Contra os golpes ardis da covardia
Já na porta a tramela entreaberta
Sinaliza algo como esquecimento
Pelas gotas do sol que se inicia
Carimbando a envelope do lamento
Lábio negro qual lótus encardida
Um tapete de abelhas pelo chão
Num trabalho de pura sinergia
Dão-me a prova cruel do seu ferrão