Era uma
cena quase atemporal
Um velho
filme na TV
Um vento
frio que soprava
Por entre
os vidros da janela
A bater...
Um murmúrio
ventilado
Que me
convidava a sair
Sair
de encontro a vida
Sair
de encontro a imensidão
E por
entre a praça que se estendia
Repousavam
as velhas árvores
Dançando
ao balançar de seus galhos
No vento
assobiante que teimava
A bater...
Jamais
me esquecerei daquela noite
Dos barulhos
vazios
Dos sentidos
ocultos
O mundo
é uma ilusão concreta
E entre
os devaneios que surgem
Sombras,
ruas, luzes, solidão
Percebo
o quanto o tempo é impiedoso
Ele
nos arrasta por entre suas tramas
Para
extrair de nós os momentos
E nos
iludir com os instantes
Como
a areia que sopra
Construindo
morros e formando desertos
Mas dentro
de nós o coração persevera
A bater...
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