terça-feira, maio 31, 2011

Ode ao Studio 54

54 vezes quero beber

54 vezes quero acordar

54 vezes quero sorrir

54 vezes quero amar


54 vezes quero viver

54 vezes quero lembrar

54 vezes quero fazer

54 vezes quero inspirar


54 vezes quero ver

54 vezes quero dançar

54 vezes quero lamber

54 vezes quero abraçar


54 vezes quero abrir

54 vezes quero deitar

54 vezes quero acender

54 vezes quero abalar


54 vezes quero gritar

54 vezes quero criar

54 vezes quero mostrar

54 vezes quero inundar


P.S.: Hoje é uma primavera minha, essa poesia diz muito sobre mim em seu interdiscurso, para quem interessar, tente observar bem e buscar a referência correta.



sexta-feira, maio 27, 2011

Serenata da Esperança

A noite a luz dos postes

Ilumina as distrações

Vamos cruzar a esquina

Desses nossos corações


E chove uma chuva fina

Que corta as constelações

Vamos cruzar a esquina

Desses nossos corações


A mão que se estende a esmo

Pedindo pão e orações

Vamos cruzar a esquina

Desses nossos corações


A rua fria e vazia

Com suas flores e canções

Vamos cruzar a esquina

Desses nossos corações


Viver é tudo isso enfim

Como quintal de ilusões

Vamos cruzar a esquina

Desses nossos corações



quinta-feira, maio 26, 2011

Re-Conto de Fadas

Suspira a bela donzela

Numa agonia sem fim

E em seu peito palpita

“Ah esse amor, longe de mim”


E seus cabelos ao vento

Como girassóis no ar

Enquanto canta baixinho

“Ah esse amor, deixa acabar”


A moça sobre a janela

Que se debruça a olhar

Sussurra pro horizonte

“Ah esse amor, vou ver passar”


Mulher bonita e faceira

Causa de muitos encantos

Revela firme e ligeira

“Ah esse amor, chega de prantos”


E nesses contos de fadas

Cada uma em sua história

Deixa escapar num assobio

“Ah esse amor, não me traz glória”



quarta-feira, maio 25, 2011

Sou Pedra

Eu hoje sou meio pedra

Endurecida no mundo

E mesmo sendo essa pedra

Tenho um coração profundo


A pedra é ser grandioso

Moldado ao longo dos anos

Sou pedra moldada apenas

Por dores paixões enganos


Nos pedregulhos da vida

Vou vivendo ano após ano

E sempre engolindo a seco

As pedras que vão me dando


Minha armadura é tão firme

Quanto a rocha da montanha

Que mesmo sendo implodida

Renasce entre sua entranha


Assim eu nasci pedrinha

Tornei-me rocha graúda

Sou pedra de cordilheira

Vulcânica pedra parruda