
Aquela tola menina
Com olhos azul-anil
Nunca muda nunca cresce
Semblante multi-senil
No torto banco da praça
Vestido cor de avelã
Digere amargos sabores
De uma podre maçã
Ao seu redor há um mundo
Que teima em lhe abarcar
Num toque frugal imundo
Que aos poucos lhe toma o ar
Criança de mãos intáteis
Que quer se fazer ouvir
Mas como isso é possível
Se sequer se faz sentir
Uma alquimia confusa
Como gotas de elixir
Uma pitada profunda
De um qualquer existir
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