quinta-feira, julho 21, 2011

Pouca Trova

Aqueles olhos que já foram meus

Entrelaçados nos sentidos teus

Para expressar os desencantos seus

Esse é o teu jeito de dizer adeus


Porque hoje eu quero essa monotonia

Que se encobrindo em plena luz do dia

Faz-se em retrato de espessa magia

Que se reflete em tudo que eu queria


A caminhada na estrada da noite

Entre as caladas ouve-se um açoite

De um micro-inseto com o seu afoite

Por entre estrelas em longo pernoite


Passo entre passo sigo meu refrão

Nas terras áridas desse meu torrão

Entre pelejas e adivinhação

Das linhas curvas do teu coração


Amor de infância que hoje é castigo

Não sei sequer se já fui teu amigo

Se ontem fui rei hoje sou um mendigo

Só nos teus braços terei meu abrigo

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