Velhos muros da memória levantam-se
Em meio as terras ressequidas da mente
E os painéis de cores desbotadas surgem
Para contar as histórias dessa pobre gente
Um castelo de afrescos medievais escuros
Paira sorrateiramente por entre a luz do luar
Ditando causos dores pensamentos mortos
Deste povo que persistentemente está por cá
Cruzaram o oceano em tempo supersticioso
Para ditar mandar e certamente vir dominar
Com suas naus bravias e escudos gloriosos
Trazendo toda está boa herança velha e má
E eis que então aquele sangue sabor mouro
Realizou fusão com os legítimos proprietários
E as madonas sem roupa e com muitas penas
Entregaram-se em troca de uns poucos agrados
De repente veio o novo sangue das savanas
E eis que surge uma nova mistura de cor parda
Passaram-se os janeiros formaram-se as origens
Então estamos nós aqui formando esta cambada
P.S.: Uma palinha de um trecho do novo texto teatral que estou escrevendo para desenvolver com o PROARTE (Grupo de Teatro do Projovem Tuparetama).