sexta-feira, setembro 09, 2011

I-rrealidades

Tomemos um absinto

Misturado a algum tormento

Porque se pensarmos bem

Tudo é esquecimento


A noite fria e tranquila

Como que sopra um alento

Em nossos corpos etéreos

Tudo é esquecimento


Dancemos rodopiando

Sobre um delírio sedento

No fim a aurora virá

Tudo é esquecimento


A fada já anunciou

Num holofote cinzento

Que alusão acabou

Tudo é esquecimento


Talvez um dia possamos

Perpetuar o momento

Infelizmente pra nós

Tudo é esquecimento

terça-feira, setembro 06, 2011

Ampulheta

Como eu queria poder

Brincar de nada contigo

Fazer algum não sei o que

Como amor ou como amigo


Eu só queria poder

Correr pelado contigo

Sem rumo sem direção

Ser um do outro o abrigo


Como eu queria poder

Te levar pra Woodstock

Num templo naturalista

Viajar ao som do rock


Eu só queria poder

Te amar a balada

Te beijar e te exibir

E não falar quase nada


Se eu fosse o cara do tempo

Tudo eu retrocederia

E as coisas que agora invento

Todas eu reviveria